Começo este blog da semana com uma inspiradora citação de Virginia Satir (1926-1988), psicoterapeuta e autora americana:
“Problemas sempre existirão. O problema não é o problema. O problema é como lidamos com eles. É isso que destrói as pessoas, não o problema em si. Quando aprendemos a enfrentar os problemas de outra maneira, lidamos com eles de forma diferente e eles se tornam diferentes.”
Mas o que significa, de fato, ressignificar algo? Trata-se de um ato de liberdade mental: não mudamos o fato em si, mas alteramos a narrativa que construímos sobre ele. É como ajustar o foco de uma lente — o objeto permanece o mesmo, mas a luz que o ilumina muda sua essência.
Por exemplo: imagine uma ruptura em um relacionamento. Enquanto a dor é real, ressignificá-la não significa negar o sofrimento, mas reconhecer que, por trás da perda, pode haver um convite à autodescoberta. Pode ser a chance de entender quais valores são essenciais para você, ou a oportunidade de redesenhar prioridades.
Como fazer isso?
- Pausar e observar: Imagine-se diante de uma cena difícil, como se estivesse assistindo uma cena de filme. Congele a imagem, como se pausasse o controle remoto.
- Questionar a narrativa antiga: “O que essa situação me diz sobre mim mesmo(a)?”
- Buscar conexões positivas: “Que lição, habilidade ou oportunidade está escondida aqui?”
- Recontar a história: Transforme “Isso me destruiu” em “Isso me ensinou a me proteger” ou “Isso me mostrou o que preciso valorizar”.
A ressignificação não é escapismo. É uma reprogramação mental que nos permite:
– Reduzir o peso emocional do passado
– Construir resiliência diante do futuro
– Encontrar significado em experiências aparentemente sem saída
Como você lida com os desafios que a vida apresenta?
Qual é a sua reação diante das adversidades e decepções?
Você já tentou reinterpretar um obstáculo como um presente disfarçado?
Lembre-se: o que não nos mata pode nos transformar, mas só se permitimos que ele nos ensine.
Faço o convite para você refletir: o que você está deixando de ver no “problema” que você chama de problema?
Até logo!